sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Partilhar a goodlife, A goodlife! - Descontos em Restaurantes, Momentos de Lazer, Spas e Kids - goodlife! deal of the day

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sábado, 19 de junho de 2010

A televisão e a criança (Conclusão)

Em “A Galáxia de Gutenberg”, Marshall Mcluhan escreve que a “linearidade da tipografia condicionou a visão do mundo do homem e mais: a palavra impressa produziu a ruptura entre a cabeça e o coração. A nova interdependência electrónica recria o mundo à imagem de uma aldeia global”. (BULLIK, 2002, p.27)


De acordo com Vannuchi, Lobato e Moraes (2003, p.52-57), uma criança passa mais de três horas por dia diante da tela da televisão (pesquisa apresentada na matéria “O que a exposição à violência provoca nos pequenos e como lidar com isso”).

Estudos divulgados em Outubro de 2005 pela empresa Eurodata TV Worldwide, em países como: Brasil, Estados Unidos, Indonésia, Itália, África do Sul, Espanha, Reino Unido, França e Alemanha, a televisão continua sendo uma fonte essencial de entretenimento para as crianças, mas o tempo que cada uma passa diante dela varia de um país para o outro. (IBOPE, 17/04/2007)
 
Adaptado de: rua

sábado, 12 de junho de 2010

A televisão e a criança (Parte 3)

Com a chegada das emissoras a cabo, o segmento de mercado de programas infantis volta-se praticamente para assinantes desse serviço. Surgem: Cartoon Network, Discovery Kids, Jetix, Boomerang, Disney Channel, entre outras, voltadas exclusivamente para o público infantil, com programas oriundos de diferentes países. A programação apresentada segue uma regra de mercado padronizada que se estabelece na inserção de espaços comerciais, que por sua vez interrompem um programa para a veiculação de produtos de todos os géneros e modelos. Através de elementos visuais e auditivos, sempre presentes nos programas infantis, oferecem produtos e serviços para as crianças, muitas vezes até com mensagens de carácter subliminar.


Steinberg e Kincheloe (2004, p.24-25) comentam que:
As corporações que fazem propaganda de toda a parafernália para as crianças consumirem, promovem uma ‘teologia de consumo’ que efectivamente promete redenção e felicidade através do ato de consumo (ritual). Do mesmo modo, propaganda e produção de prazer permitem que se estabeleça uma linha directa com o imaginário das nossas crianças - uma fuga imaginária que as crianças usam para definir sua visão da América.

As crianças, na maioria das vezes, são tratadas como robôs para reproduzir e consumir. Essa percepção vem a partir de uma pesquisa realizada pelo Centro Internacional de Referência em Médias para Crianças e Adolescentes - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Educação (RIO MIDIA, 24/05/2005), afirmando que em uma semana de programação infantil, três emissoras de sinal aberto do Brasil exibiram 447 comerciais, o equivalente a três horas da programação oferecida.

Os produtos mais anunciados foram brinquedos, remédios de emagrecimento, jogos de aposta, CDs de música, mensagens via telemóvel, cereais e comidas fast-food. Este estudo traçou uma análise dos intervalos das emissoras que apresentavam pela manhã programas voltados para o público infantil no período foi de 31 de Julho a 04 de Agosto de 2006.

Robôs que falam, raios laser, naves espaciais, a capacidade de voar, de se transformar, a magia, enfim, todos esses elementos são argumentos normalmente utilizados pelos produtores de conteúdo (através da técnica de gravação, edição e os softwares disponíveis no mercado) para ganhar a audiência infantil, sem a preocupação com uma didáctica aplicada às crianças.
 
Adaptado de: rua

domingo, 6 de junho de 2010

A televisão e a criança (Parte 2)

De acordo com Postman (2006), toda pessoa instruída conhece as invasões dos bárbaros do Norte, o colapso do Império Romano, o desaparecimento da cultura clássica e a imersão da Europa na chamada Idade das Trevas e depois Idade Média. Nos compêndios escolares essa transformação é razoavelmente coberta, excepto em quatro pontos que são geralmente desprezados e que são especialmente relevantes para a história da infância: o primeiro é a capacidade de ler e escrever que desaparece; o segundo é que desaparece a educação; o terceiro é que desaparece a vergonha; e o quarto ponto, como consequência dos outros três, é que desaparece a infância.


As mudanças na tecnologia da comunicação provocam três tipos de efeitos, como comenta Innis (apud POSTMAN, 2006, p.37): “[...] altera a estrutura dos interesses (as coisas que pensamos), o carácter dos símbolos (as coisas com que pensamos) e a natureza da comunidade (a área em que os pensamentos se desenvolvem)”. Esses efeitos aparecem nas emissoras de televisão, através da elaboração da programação, inclusive programas infantis. Os produtores de conteúdo trabalham na formatação desses projectos por vários anos.

Actualmente, não percebemos investimentos das emissoras de sinal aberto em programas infantis. Porque será?
 
Adaptado de: rua

domingo, 30 de maio de 2010

A televisão e a criança (Parte 1)

A televisão é organizada pelo monopólio da comunicação. Acolhida pelos sonhos e pelas fantasias que cercam os telespectadores, vive-se “um imaginário”, onde as relações entre emissor, mensagem e receptor são em alguns momentos subliminares ou lúdicas, gerando uma hipnose através da alienação do olhar, misturado à realidade, induzindo novos comportamentos sociais e culturais.


Diante dessa questão, hoje são poucas as emissoras comerciais de sinal aberto que tem a preocupação em apresentar programas infantis educativos.

Hoje, parte da educação infantil na sociedade se volta ao olhar da média electrónica, onde para Kellner (apud STEINBERG; KINCHELOE, 2004, p.24), “Toda criança que depende maciçamente da TV para sua diversão tem deste modo sua visão do mundo cognitivamente incapacitada por esta dinâmica”.

O hábito que nossos queridos avós tinham de ler histórias (os famosos contos de fadas) para seus filhos antes de dormir, ou até mesmo para passar o tempo, ficou para trás. Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho, Alice no País das Maravilhas, A Gata Borralheira, Cinderela, entre outros, não possuem mais um papel de destaque no repertório infantil.

Neste grande parque mediático, reside uma nova cultura - a mediática. Os primeiros escritores teóricos sobre cultura mediática são datados dos anos 80. Esse fenómeno cultural utiliza como ferramenta de propagação principalmente os meios TV e Cinema e a Internet, com novos formatos de programas infantis ou superproduções a serviço do consumo. Afinal, o que é ser criança hoje? Todas as crianças são iguais em todo mundo para consumir produtos mediáticos e simbólicos igualmente?

Adaptado de: rua

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A televisão e a criança (Introdução)

O tema Televisão e Criança têm sido objecto de estudo de vários segmentos da sociedade, nos mais diferentes países. Através de trabalhos conduzidos por pesquisadores ligados à área científica, tem-se a informação sobre os mais variados resultados obtidos nas abordagens sobre o assunto. Afinal, como a criança vê a televisão? Qual a relação e a influência da mensagem por ela transmitida no imaginário infantil ou o que se pode chamar de Cultura Televisiva Infantil?

Fonte: ufscar

domingo, 2 de maio de 2010

Escola obriga a ir para a cama mais cedo

Na continuidade do anterior artigo, que levantava algumas questões sobre a relação do uso da TV e o Sono, desta vez apresentamos a vertente prática deste tema, através da experiência do dia-a-dia de uma família de Carrazeda de Ansiães que não utiliza imposições mas tem regras claras, a excepção é ao fim-de-semana.

Coisa que vai sendo rara: Vitor José (Bizé) tem 13 anos e prefere adormecer a ouvir rádio do que a ver televisão. O irmão, Rui Gaspar (Ruga), tem 4 anos e poucas vezes adormece depois das nove horas da noite.
Não é imposição rigorosa dois pais, que vivem em Carrazeda de Ansiães, mas procuram não lhes dar largas. "Como acordam cedo para ir para a escola quando chega a noite estão de rastos e adormecem cedo", adianta a mãe, Conceição Lima.
"Geralmente nunca vejo televisão à noite, apesar de a ter no quarto. Das novelas só vejo "Morangos com açúcar". Vou para a cama às 21.30 horas, ligo o rádio e pouco depois estou a dormir. A minha mãe vai lá depois desligar", confessa Bizé. Ruga prefere espreitar os bonecos que estiverem a dar no cabo, depois do jantar, mas também não resiste ao chamamento do "João Pestana". "A maior parte das vezes são 21 horas e já está a dormir", lembra a mãe.
Ora, não são grandes os incómodos de Conceição Lima, e do marido Vitor Moreira, para pôr os filhos a dormir. "Pensamos que as crianças têm de descansar muito para andar com a cabeça em ordem", acrescenta a progenitora, ressalvando que, por vezes, ao fim-de-semana, abre uma excepção ao mais velho e deixa-o acompanhar os pais ao café, até cerca das 23.00 horas. "Mas isso só acontece quando ele não tem jogos de futsal ao domingo, caso contrário deita-se à hora dos dias em que tem aulas". Conceição diz que também gosta de controlar o que os filhos vêem na TV, para que "não vejam coisas que não os instruem".

Fonte: JN

Miúdos que dormem pouco serão adultos doentes

No seguimento do artigo anterior, que falava num estudo sobre a relação entre TV e Sono, desta vez disponíbilizo um conjunto de perguntas e respostas sobre este tema através da experiência de uma especialista em questões do sono, Teresa Paiva neurologista.

Quantas horas deve dormir uma criança?
Aos quatro anos de 11 a 12 horas, aos seis 11, aos 10, dez horas e aos 14, nove horas.

Que implicação na vida da criança pode ter a falta de sono?
A curto prazo, baixo rendimento escolar, pois ficam sonolentos, e a falta de sono provoca-lhes irritabilidade e hiperactividade.

E a longo prazo?
Os efeitos são ainda mais graves. A médio e a longo prazo, as crianças que não dormem o tempo suficiente poderão vir a ser adultos com hipertensão, obesos, diabéticos e com fortes probabilidades de virem a sofrer de depressão.

Qual é o papel dos pais?
Fundamental. Evitar televisões no quarto, por exemplo. Os pais não podem permitir que os filhos, agora com 10 anos, tenham como perspectiva de futuro uma vida sem qualidade.

Fonte: JN

terça-feira, 27 de abril de 2010

Mais tv, menos sono

Crianças sem controlo
Quem tem televisão no quarto dorme menos durante a noite

Nem era preciso um estudo para confirmar aquilo que todos os pais sabem, mas desta vez a coisa está mesmo provada: as crianças que têm televisão ou computador no quarto dormem menos do que as outras.


A investigação foi conduzida pela Universidade de Haifa, que entrevistou 444 alunos com a idade média de 14 anos. A maioria deitava-se por volta das 11 horas e levantava-se às 6.45. Quem tinha computador, deitava-se meia hora mais tarde e levantava-se à mesma hora. Segundo os médicos, uma criança entre 8 e 15 anos precisa de 10 horas de sono: bastante menos do que as 7 que a maioria dorme.

Um quinto das crianças afirmaram ainda que comiam sempre com a televisão ligada, e 70% disseram que o faziam de vez em quando. Só 10% tinham sempre a televisão fechada à hora do jantar.

Ou seja: além de dormirem 'abraçados' ao écran, também comem em cima dele. Demasiada televisão para uma criança corresponde a menos horas de descanso, menos atenção ao que come, mais irritação, menos concentração escolar. E se pensarmos bem, não é difícil reduzir em meia hora o tempo em que estão ao computador, e desligar a televisão pelo menos enquanto se está à mesa.


Fonte: Activa.pt

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Menos TV, mais Internet

Uma investigação de 2008, notícias retirada do Portal de Educação, revela que os pais estão preocupados com o tempo que os filhos passam na Internet e que cerca de 67% dos jovens portugueses, dos 12 aos 18 anos, admitem que não sabem passar sem telemóvel.

A televisão passou para segundo plano, a Internet conquistou terreno e viver sem telemóvel seria quase impossível. A tese de doutoramento "Audiências dos 12 aos 18 anos no contexto da convergência dos media em Portugal: emergência de uma cultura participativa?", da investigadora Célia Quico da Universidade Lusófona, tenta compreender os principais usos dos media e tecnologias de informação (TIC). O trabalho é constituído por quatro estudos empíricos: um etnográfico, realizado em casa de 10 famílias com uma amostra de 33 participantes, um inquérito quantitativo com uma amostra de 962 jovens dos 12 aos 18 anos; um estudo de avaliação de um formato piloto de media participativo junto de 77 jovens dos 12 aos 20 anos, e um caso de estudo de uma iniciativa no âmbito da literacia dos media digitais.

A questão é polémica. O uso das novas tecnologias pode significar um maior isolamento social dos jovens? "Julgo que as tecnologias como a Internet e as comunicações móveis são sobretudo potenciadoras da sociabilidade dos jovens dos 12 aos 18 anos e não tanto potenciadores do seu isolamento social. Porém, tal não significa que não haja jovens que se fixem de modo intenso em determinadas tecnologias e que dessa fixação resulte como que uma erosão das suas relações sociais", adianta Célia Quico. "Há que ter em consideração que nestas faixas etárias as principais actividades realizadas através da Internet são de comunicação, com o uso do MSN e a rede social online Hi5 no topo", acrescenta.

Conversar através de programas de mensagens instantâneas foi a prática mais frequente do conjunto de actividades listadas no inquérito quantitativo, com um total de 65,8% dos jovens a afirmarem usar programas como o MSN pelo menos um dia por semana. Participar em sites de redes sociais como o Hi5 é uma prática desenvolvida com frequência por um total de 57,3% dos jovens que responderam ao inquérito quantitativo: 19,7% todos os dias, 19,2% três a seis dias por semana, 18,4% um a dois dias por semana em média.

Há conclusões a reter. "No caso particular dos usos da televisão por parte dos jovens dos 12 aos 18 anos, no estudo etnográfico verifiquei que se assiste à diminuição da importância da televisão na dieta de media dos mais jovens, não só porque a maior parte dos jovens participantes neste estudo actualmente já recorrem ao uso do computador e Internet como forma preferencial de ocupação do tempo livre em casa depois do jantar, como também por projectarem no futuro - daqui a três a cinco anos - verem menos televisão e usarem mais a Internet", refere a investigadora. Os dados apurados no inquérito quantitativo revelam que há uma maior preferência da Internet relativamente à televisão por parte dos jovens. "A opção ?prefiro a televisão à Internet' recolheu um total acumulado de concordância de 20,9% e um total acumulado de discordância na ordem dos 34,1%. De modo semelhante, na opção ?Internet substitui a televisão', 41% dos participantes no inquérito concordaram com esta afirmação, enquanto que 23,2% discordaram com esta frase".
A televisão perde terreno, mas continua a ser um meio importante e significativo no quotidiano da maioria dos jovens. Ver menos e intervir mais? "Os usos que os jovens dão à televisão são diversos. Na minha investigação, a relação entre ver menos e intervir mais acabou por não ser explorada, mas certamente é algo que importa compreender, não sendo descabido que também haja quem seja um heavy-viewer de televisão - mais do que três horas de visionamento diário, de acordo com a definição de Sonia Livingstone - e ainda assim seja participativo nos media e TIC dos mais diversos modos", responde Célia Quico.
A afirmação "não sei passar sem o telemóvel" obteve uma elevada percentagem de concordância: 39% dos jovens responderam concordar completamente com esta afirmação e 28,3% responderam concordar, o que totaliza 67,3% de concordância. Já na afirmação "não sei passar sem a Internet", 24,8% dos participantes no inquérito seleccionaram a opção "concordo completamente" e 32,1% escolheram a opção "concordo", o que totaliza 56,9% de concordância. Finalmente, na frase "não sei passar sem a televisão", 13,1% dos inquiridos responderam concordar completamente e 27,5% responderam concordar, o que dá 40,6% de concordância. "Gostaria de destacar que, do vasto conjunto de resultados apurados, o envio e recepção de SMS está no topo das actividades realizadas via telemóvel dos jovens no inquérito quantitativo sobre usos dos media e TIC, com 83,3% dos participantes a afirmarem que o efectuam pelo menos um dia por semana: 50,8% todos os dias, 15,5% três a seis dias por semana, 17% um a dois dias por semana em média".
Ambivalência em relação à TV
"Os usos dados ao telemóvel vão para além da comunicação por texto ou voz: destaca-se em primeiro lugar dos resultados do inquérito quantitativo o envio de mensagens de vídeo a outras pessoas através do telemóvel, que 26% dos jovens afirmaram realizar todos os dias e 18,5% efectuam com regularidade (três a seis dias por semana).

Ainda, tirar fotografias com o telemóvel é uma actividade habitual para parte significativa dos participantes no inquérito: 23,2% dos jovens afirmaram que o fazem todos os dias e 20,1% tiram fotos com o telemóvel em média três a seis dias por semana". Outra prática habitual é filmar com o telemóvel: 22% realizam esta actividade todos os dias, enquanto 15% filmam com recurso ao telemóvel com frequência quase diária, ou seja, entre três a seis dias por semana.
E como se comportam os pais em relação ao uso da Internet? "De modo geral, os pais reconhecem a utilidade da Internet como ferramenta de auxílio aos estudos, mas também manifestam alguma preocupação relativamente ao tempo que os seus filhos ocupam com esta tecnologia e o tipo de utilizações que acabam por dar. Assim, a Internet já foi fonte de conflitos em algumas das famílias visitadas, em que os pais definem restrições de acesso à Internet a partir de casa, seja ao especificarem um determinado horário de uso deste meio ou a definirem uma duração máxima diária de acesso". A investigadora realça, por outro lado, "a ambivalência dos pais em relação à televisão".
"Em diversos casos manifestaram desagrado quanto à qualidade e pouca diversidade da programação dos principais canais em sinal aberto, bem como aos horários tardios de exibição de séries e filmes, ainda que sejam espectadores regulares dos noticiários e novelas destes mesmos canais. Por outro lado, a televisão em algumas destas famílias visitadas funciona como um agregador da família, servindo de pano de fundo a conversas e ao convívio".
A pesquisa indica que parte significativa dos jovens já participou como criador de conteúdos em formatos ou iniciativas de media. "Verificou-se que criar conteúdos é uma prática comum entre a maioria dos jovens dos 12 aos 18 anos em Portugal, com destaque para fazer vídeos, tirar fotos e fazer álbuns de fotografias na Internet, bem como criar e manter blogues". Célia Quico destaca alguns dados: 71,2% dos jovens afirmaram já ter feito um vídeo com recurso ao telemóvel e 57,9% utilizaram uma câmara de filmar para o mesmo efeito. "No estudo de avaliação do formato de media participativo, 46 dos participantes afirmaram já ter feito um vídeo com o telemóvel (59,7%) e 35 já recorreram a uma câmara de filmar para fazer um vídeo (45,5%)".
Tirar fotografias e utilizar os perfis em sites de redes sociais e fotologs (álbuns de fotografias online) para partilhar fotos são práticas muito comuns e realizadas com frequência. "Fazer um álbum de fotografias na Internet é uma actividade já executada por 54,4% dos jovens dos 12 aos 18 anos que participaram no inquérito quantitativo; tirar fotografias com o telemóvel é uma prática habitual e frequente, com 70,2% dos jovens a fazê-lo em média pelo menos um dia por semana." No estudo etnográfico, a publicação de fotos no Hi5 e em fotologs foi referida por 11 dos 16 jovens participantes. "Criar e manter blogues são actividades já realizadas por cerca de metade dos jovens dos 12 aos 18 anos: 47,4% dos inquiridos que responderam ao inquérito quantitativo, enquanto que 23,9% responderam ter interesse nesta actividade".

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A maioria das criança passa o dia a ver televisão

Como falei anteriomente do estudo da Deco, deixo aqui a notícia apresentada pela TVI24 onde se resume os resultados do estudo, dando destaque à falta de qualidade das nossas creches e infantários, principalmente no que diz respeito ao número de horas nestas instituições e a forma de ocupação dos tempos livre e educacionais.

Um terço das crianças passa mais de nove horas na creche
Quase um terço das crianças portuguesas passa mais de nove horas por dia nas creches e a esmagadora maioria ocupa parte do tempo a ver televisão em jardins-de-infância, segundo um estudo da DECO divulgado esta quinta-feira.
O inquérito feito a pais de crianças entre um e cinco anos, publicado na revista Proteste, mostra que para a maioria dos progenitores o horário dos estabelecimentos é adequado, embora um em cada cinco deseje que as suas portas fechem mais tarde.
Mesmo com 32 por cento das crianças a passarem mais de nove horas nas creches, há 27 por cento de pais com filhos entre um e dois anos (creches) e 10 por cento com crianças nos jardins-de-infância (entre três e cinco anos) a afirmarem que gostariam que as instituições abrissem ao sábado.
De acordo com o inquérito, feito com base em 2884 questionários, a esmagadora maioria (90 por cento) das crianças entre os três e os cinco anos ocupa parte do seu tempo a ver televisão em jardins-de-infância e para 42 por cento esta rotina é quase diária.
Nas creches, 73 por cento das crianças até aos três anos vêem televisão e tal acontece quase todos os dias para mais de metade, concluiu o estudo da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores, que fez o inquérito com as congéneres da Bélgica, Itália e Espanha.
Entre os quatro países, Portugal tem a maior percentagem de crianças a ver televisão nas creches.
O período mais frequente de estar em frente ao ecrã prolonga-se até uma hora, apesar de entre 36 e 42 por cento dos inquiridos desconhecer o tempo que os seus descendentes estão a ver televisão.
A larga maioria dos inqueridos está insatisfeita com a oferta de creches e jardins-de-infância, 71 e 56 por cento respectivamente, sendo o Algarve com piores resultados e a zona Centro com maior satisfação das famílias.
Entre as famílias sem filhos em estabelecimentos de ensino, a falta de vagas impediu 39 por cento de os colocar em jardins-de-infância e 14 por cento em creches.
Os que têm crianças a frequentar escolas privadas, com ou sem fins lucrativos, 32 por cento em creches e 39 por cento em jardins-de-infância tentaram inscrevê-los no público, mas sem sucesso.
Segundo a DECO, 80 por cento dos pais fazem a inscrição antes de os filhos começarem a frequentar a escola, em média com cinco meses de antecedência, sendo «raro» o reembolso ou dedução das quantias pagas, que em média atinge 107 e 99 euros por mês em creches e jardins-de-infância, respectivamente.
O inquérito indica também que cerca de duas em cinco famílias com crianças até aos três anos referiram que o encargo com a creche assume uma parcela importante nas finanças, gastando um valor de referência mensal de 150 euros. No jardim-de-infância o montante baixa para os 110 euros por mês.
Um quarto dos inquiridos sem filhos nas escolas não chegou a inscrevê-los por considerar «os preços demasiados elevados».
A região de Lisboa e Vale do Tejo e a zona Norte praticam os preços mais elevados do país, chegando os custos a ultrapassar os 300 euros mensais.
Os pais inquiridos apontam também como falhas o elevado número de crianças até aos três anos na mesma sala e a mudança de educador durante o ano, principalmente nas escolas privadas.

Já pensou em tudo isto, e o seu filho passa quando tempo por dia em frente à televisão?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lei da Defesa do Consumidor

Hoje e no seguimento da última mensagem de ontem, apresento a Lei Portuguesa do Consumidor.
Deixo aqui um breve resumo dos Direiros do Consumidor, retirado do Portal do Consumidor e um link para descarregar toda a Lei em documento PDF:

Lei da Defesa do Consumidor

Descrição
Nos termos da Lei de Defesa do Consumidor, incumbe ao Estado, às Regiões Autónomas e às Autarquias Locais proteger o consumidor, norma essa que dá cumprimento aos princípios constitucionais que consagram os direitos dos consumidores (Art.º 60.º) e que atribuem ao Estado o dever de os defender e de garantir a defesa dos interesses dos consumidores.

Para esse efeito, considera-se consumidor “todo aquele a quem sejam fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a uso não profissional, por pessoa que exerça com carácter profissional uma actividade económica que vise a obtenção de benefícios”.

Os direitos reconhecidos aos consumidores na Constituição e na Lei são os seguintes:
. Direito à protecção da saúde e segurança;
. Direito à qualidade dos bens e serviços;
. Direito à protecção dos interesses económicos;
. Direito à reparação dos prejuízos;
. Direito à informação e à educação;
. Direito à representação e consulta.

O reconhecimento dos direitos dos consumidores exige uma consciência precisa por parte dos cidadãos e dos agentes económicos, a existência de meios expeditos de acesso à justiça e à resolução de conflitos e a plena informação e preparação educativa dos consumidores, bem como a existência de fortes organizações representativas.

Como prevenir Conflitos de Consumo
O mais importante é ter provas a seu favor. A forma mais simples de as ter é passar tudo a escrito.

Regras mais importantes:
. Pedir sempre o recibo das quantias pagas ou dos objectos entregues (por exemplo: máquinas para reparar, roupa na lavandaria, etc.);
. Exigir orçamento escrito;
. Se a empresa diz que dá regalias que não são usuais, que as passe a escrito;
. Exigir um exemplar do contrato assinado com a empresa;

Não assinar nada cujo conteúdo:
. Seja muito longo e não deixem ler em casa;
. Não perceba integralmente.

Se uma cláusula do contrato parece dúbia e a empresa diz que tem um sentido que não lhe parece decorrer no texto, exija que lhe passem a escrito essa interpretação e a assinem, dando-lhe um exemplar desta;
Se tiver dúvidas antes de celebrar um contrato, não o assine até se informar junto de uma entidade competente.

Não esquecer também:
. Pagar antes de receber é sempre um risco;
. Pagar a prestações é sempre mais caro. Exija que o contrato indique todas as prestações que fica a dever;
. Antes de pedir empréstimos exija ao banco, por escrito, as cláusulas que este propõe;
. Evite sistemas de compra complexos que não compreende;
. Na lei há sempre prazos. Aja rapidamente.

Como actuar em Caso de Conflito de Consumo
Reclamações - As reclamações emergentes de uma relação de consumo podem ter uma ou mais de várias finalidades:
. Obter reparação de danos;
. Denunciar actuações contrárias à lei;
. Solicitar informações e esclarecimentos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia do consumidor

Como introdução a este novo blog, relembro que foi à 38 anos, no dia 15 de Março de 1962, que o então presidente dos Estados Unidos da América (EUA), John F. Kennedy, enumerou os 4 direitos fundamentais do consumidor: direito a ser ouvido, à escolha, à informação e à segurança. Esta declaração, apresentada na altura ao congresso norte-americano, foi reconhecida internacionalmente e estendida a todos os cidadãos, levando a que neste dia todos os anos seja comemorado o Dia Mundial do Consumidor.

Já agora por curiosidade, como comemoraram o Dia do Consumidor?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lançamento oficial

Já a algum tempo que pensava criar um blog sobre televisão, publicidade e o seu relacionamento com o consumismo, principalmente como afectam as nossas crianças e juventude deste belo pais. E foi hoje que ganhei coragem e tempo para arrancar com este desafio, após várias semana a ouvir falar sobre como as creches e infantários do nosso Portugal ocupam os tempos livres e educacionais, maioritariamente à frente da TV, e após ter visto ontem o programa da Oprah na Sic Radical, que falava sobre como vivem vários país do Globo (que inveja fiquei com os Dinamarqueses e o seu estilo de vida, considerada a população mais feliz do mundo) e aproveitando a comemoração do dia mundialmente dos direitos do consumidor, dou inicio a este projecto digital que tem como finalidade a partilha e o debate sobre questões relacionadas com o elevado consumismo e a exagerada publicidade, principalmente aquela que é direccionada às crianças.


Neste sentido, fico aberto a sugestões de temas para debate e de actividades de ocupação dos tempos livres (escreva na zona de comentários) que possam substituir a caixa mágica, que ainda continua a ser a televisão e cada vez mais os equipamentos multimédia.
 
BlogBlogs.Com.Br