domingo, 6 de junho de 2010

A televisão e a criança (Parte 2)

De acordo com Postman (2006), toda pessoa instruída conhece as invasões dos bárbaros do Norte, o colapso do Império Romano, o desaparecimento da cultura clássica e a imersão da Europa na chamada Idade das Trevas e depois Idade Média. Nos compêndios escolares essa transformação é razoavelmente coberta, excepto em quatro pontos que são geralmente desprezados e que são especialmente relevantes para a história da infância: o primeiro é a capacidade de ler e escrever que desaparece; o segundo é que desaparece a educação; o terceiro é que desaparece a vergonha; e o quarto ponto, como consequência dos outros três, é que desaparece a infância.


As mudanças na tecnologia da comunicação provocam três tipos de efeitos, como comenta Innis (apud POSTMAN, 2006, p.37): “[...] altera a estrutura dos interesses (as coisas que pensamos), o carácter dos símbolos (as coisas com que pensamos) e a natureza da comunidade (a área em que os pensamentos se desenvolvem)”. Esses efeitos aparecem nas emissoras de televisão, através da elaboração da programação, inclusive programas infantis. Os produtores de conteúdo trabalham na formatação desses projectos por vários anos.

Actualmente, não percebemos investimentos das emissoras de sinal aberto em programas infantis. Porque será?
 
Adaptado de: rua

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