domingo, 30 de maio de 2010

A televisão e a criança (Parte 1)

A televisão é organizada pelo monopólio da comunicação. Acolhida pelos sonhos e pelas fantasias que cercam os telespectadores, vive-se “um imaginário”, onde as relações entre emissor, mensagem e receptor são em alguns momentos subliminares ou lúdicas, gerando uma hipnose através da alienação do olhar, misturado à realidade, induzindo novos comportamentos sociais e culturais.


Diante dessa questão, hoje são poucas as emissoras comerciais de sinal aberto que tem a preocupação em apresentar programas infantis educativos.

Hoje, parte da educação infantil na sociedade se volta ao olhar da média electrónica, onde para Kellner (apud STEINBERG; KINCHELOE, 2004, p.24), “Toda criança que depende maciçamente da TV para sua diversão tem deste modo sua visão do mundo cognitivamente incapacitada por esta dinâmica”.

O hábito que nossos queridos avós tinham de ler histórias (os famosos contos de fadas) para seus filhos antes de dormir, ou até mesmo para passar o tempo, ficou para trás. Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho, Alice no País das Maravilhas, A Gata Borralheira, Cinderela, entre outros, não possuem mais um papel de destaque no repertório infantil.

Neste grande parque mediático, reside uma nova cultura - a mediática. Os primeiros escritores teóricos sobre cultura mediática são datados dos anos 80. Esse fenómeno cultural utiliza como ferramenta de propagação principalmente os meios TV e Cinema e a Internet, com novos formatos de programas infantis ou superproduções a serviço do consumo. Afinal, o que é ser criança hoje? Todas as crianças são iguais em todo mundo para consumir produtos mediáticos e simbólicos igualmente?

Adaptado de: rua

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A televisão e a criança (Introdução)

O tema Televisão e Criança têm sido objecto de estudo de vários segmentos da sociedade, nos mais diferentes países. Através de trabalhos conduzidos por pesquisadores ligados à área científica, tem-se a informação sobre os mais variados resultados obtidos nas abordagens sobre o assunto. Afinal, como a criança vê a televisão? Qual a relação e a influência da mensagem por ela transmitida no imaginário infantil ou o que se pode chamar de Cultura Televisiva Infantil?

Fonte: ufscar

domingo, 2 de maio de 2010

Escola obriga a ir para a cama mais cedo

Na continuidade do anterior artigo, que levantava algumas questões sobre a relação do uso da TV e o Sono, desta vez apresentamos a vertente prática deste tema, através da experiência do dia-a-dia de uma família de Carrazeda de Ansiães que não utiliza imposições mas tem regras claras, a excepção é ao fim-de-semana.

Coisa que vai sendo rara: Vitor José (Bizé) tem 13 anos e prefere adormecer a ouvir rádio do que a ver televisão. O irmão, Rui Gaspar (Ruga), tem 4 anos e poucas vezes adormece depois das nove horas da noite.
Não é imposição rigorosa dois pais, que vivem em Carrazeda de Ansiães, mas procuram não lhes dar largas. "Como acordam cedo para ir para a escola quando chega a noite estão de rastos e adormecem cedo", adianta a mãe, Conceição Lima.
"Geralmente nunca vejo televisão à noite, apesar de a ter no quarto. Das novelas só vejo "Morangos com açúcar". Vou para a cama às 21.30 horas, ligo o rádio e pouco depois estou a dormir. A minha mãe vai lá depois desligar", confessa Bizé. Ruga prefere espreitar os bonecos que estiverem a dar no cabo, depois do jantar, mas também não resiste ao chamamento do "João Pestana". "A maior parte das vezes são 21 horas e já está a dormir", lembra a mãe.
Ora, não são grandes os incómodos de Conceição Lima, e do marido Vitor Moreira, para pôr os filhos a dormir. "Pensamos que as crianças têm de descansar muito para andar com a cabeça em ordem", acrescenta a progenitora, ressalvando que, por vezes, ao fim-de-semana, abre uma excepção ao mais velho e deixa-o acompanhar os pais ao café, até cerca das 23.00 horas. "Mas isso só acontece quando ele não tem jogos de futsal ao domingo, caso contrário deita-se à hora dos dias em que tem aulas". Conceição diz que também gosta de controlar o que os filhos vêem na TV, para que "não vejam coisas que não os instruem".

Fonte: JN

Miúdos que dormem pouco serão adultos doentes

No seguimento do artigo anterior, que falava num estudo sobre a relação entre TV e Sono, desta vez disponíbilizo um conjunto de perguntas e respostas sobre este tema através da experiência de uma especialista em questões do sono, Teresa Paiva neurologista.

Quantas horas deve dormir uma criança?
Aos quatro anos de 11 a 12 horas, aos seis 11, aos 10, dez horas e aos 14, nove horas.

Que implicação na vida da criança pode ter a falta de sono?
A curto prazo, baixo rendimento escolar, pois ficam sonolentos, e a falta de sono provoca-lhes irritabilidade e hiperactividade.

E a longo prazo?
Os efeitos são ainda mais graves. A médio e a longo prazo, as crianças que não dormem o tempo suficiente poderão vir a ser adultos com hipertensão, obesos, diabéticos e com fortes probabilidades de virem a sofrer de depressão.

Qual é o papel dos pais?
Fundamental. Evitar televisões no quarto, por exemplo. Os pais não podem permitir que os filhos, agora com 10 anos, tenham como perspectiva de futuro uma vida sem qualidade.

Fonte: JN
 
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